O que é o almoço?
Todos os dias, dia após dia, é sempre a mesma pergunta.
O que fazer para o almoço?
À noite o jantar é sopa para estar sempre tudo despachadinho e pronto a comer, termine o turno às horas que terminar. Não há tempo para desvarios ao fogão, nem tão pouco se recomendam comidas pesadas, por isso sopa é mesmo a melhor opção.
Em relação ao almoço já experimentei a chamada “técnica infalível”: planear logo a ementa para toda a semana, fazer as respectivas compras e arranjar os ingredientes para tudo bater certo. Mas ao fim de uns dias já nada batia certo, porque afinal não nos apetecia nada daquilo que estava planeado.
A sina é sempre a mesma: do talho vem a carne que nos parece ter bom aspecto; da praça vêm os frescos que pareciam ter sido apanhados naquela noite; batatas, massa ou arroz... Enfim, a coisa até parece que se vai dar. E vai. Vai dar tudo na mesma: um peixe cozido com bróculos, uma carne estufada, um frango no forno... Inevitavelmente uma ementa igual à da semana passada, de há duas semanas atrás, do mês passado, do ano passado...
Oh pá, para fada do lar falta-me muito! Eu e o fogão temos uma relação que bem precisa de terapia… Talvez aconselhamento conjugal, para a coisa funcionar!
Depois ainda pratico o sadomasoquismo que é ser fã de programas de culinária, especialmente do Masterchef (Australia), que para mim é o melhor de todos. E ali fico eu a ver aquela gente a cozinhar como quem vai ali à torneira buscar um copo de água. Pratos mais ou menos exóticos e elaborados, completamente fora desta “rotina instalada” da nossa cozinha, alimento só para os olhos, infelizmente, que me deixam o palato a salivar. Então a temporada que eles fizeram com putos é de uma pessoa se esconder com vergonha dos cães! Aqueles australianos já nascem com uma colher de pau nas mãos!
Enfim a saga continua….