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A rapariga do autocarro

19
Mai14

Nós, os Pobres.

Estava eu a ver TV quando passam mais uma reportagem sobre os novos pobres e a pobreza escondida.

 

Então lamentava-se a (suposta) pobre que agora só fazia uma refeição de carne ao peixe por dia (não por semana, por dia!) e que à noite era sempre sopa. Dizia ela que nunca comeu tanta sopa como agora! Outro sinal de “pobreza” era o filho levar para a escola pacotes de leite achocolatado em vez de iogurtes, “eu não lhe digo que não pode levar iogurtes porque agora somos pobres”! (Ou será que  a mulher não sabe fazer compras?)

 

A minha alma ficou parva com tamanha desfaçatez desta mulher! Mais, fiz uma descoberta importante: toda a minha vida fui pobre e não sabia! 

Na casa dos meus pais nunca houve luxos, mas nunca nos faltou comida. Sopa era o prato do dia, não se passava um em que não se fizesse sopa lá em casa. Era pelo que esta “pobre de espírito” devia ter passado para não chegar ao estado mental a que chegou!

 

Cá em casa continuamos a comer sopa à noite por vários motivos, assunto sobre o qual já vos aqui falei num post anterior do Autocarro.

 

Muito boa gente andava sempre a comer fora enquanto tinham uns tostões, esbanjavam o que tinham e o que não tinham... é normal que agora – como diz Margarida Rebelo Pinto, essa escritora muito reputada e personagem da nossa praça pública – tenham de fazer um “downsizing do seu lifestyle” e comer sopa, em casa, vários dias por semana! Abram os olhos! 

 

Isto é fazer pouco dos que realmente estão pobres: casais desempregados que se vêem a braços com frigoríficos vazios e filhos por alimentar. Digo-vos uma coisa: fiquei parva de como uma pessoa se vem intitular “pobre” nestas condições!

2 comentários

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